O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou o recurso do candidato à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), para reativar suas contas em redes sociais, reforçando uma decisão que pode impactar significativamente sua campanha. A medida foi confirmada em uma publicação oficial do TRE-SP na rede social X, e inclui uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento da ordem judicial.
A decisão, proferida pelo juiz Claudio Langroiva Pereira, sustenta que a suspensão das contas de Marçal, determinada pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz no último sábado, não representa “risco de prejuízos irreversíveis ao pleito eleitoral”. Pereira enfatizou que se trata de uma medida temporária, necessária para garantir a igualdade e a integridade do processo eleitoral.
O caso ganhou contornos mais graves com a solicitação do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) para que seja aberto um inquérito contra Marçal. A legenda alega que o candidato teria pago seguidores para distribuir cortes de seus vídeos nas redes sociais, o que poderia configurar uma manipulação de audiência e uma infração à legislação eleitoral.
Em resposta à decisão, a equipe de campanha de Marçal rapidamente criou contas reservas em várias plataformas, incluindo Instagram, TikTok, YouTube, WhatsApp, Telegram e Gettr, numa tentativa de contornar a suspensão. No entanto, o Ministério Público Eleitoral acusa Marçal de utilizar métodos irregulares para impulsionar suas publicações nas redes, omitindo os recursos financeiros empregados para esse fim, uma prática proibida pelas regras eleitorais.
A suspensão das contas de Pablo Marçal e a decisão do TRE-SP de manter a sanção colocam em evidência as tensões em torno da utilização das redes sociais nas campanhas eleitorais. Com o avanço das tecnologias digitais, a transparência e a legalidade no uso dessas plataformas têm se tornado questões centrais na disputa política, especialmente em uma metrópole como São Paulo.
Enquanto o imbróglio judicial continua, Marçal enfrenta o desafio de manter sua presença online ativa por meio das contas reservas, ao mesmo tempo em que lida com a pressão de se adequar às normas eleitorais. A decisão do TRE-SP reforça a importância de um processo eleitoral justo e equilibrado, no qual todos os candidatos devem seguir as mesmas regras para garantir a integridade do pleito.